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Andrea Coelho | 15 de setembro: Dia Internacional da Democracia

O dia 15 de setembro é uma data para refletir. Tal qual o ouro, a democracia tem se tornado preciosa nos últimos tempos. Nossa torcida e trabalho é para que ela não se torne escassa ou até mesmo extinta, visto que constantemente a liberdade de expressão da sociedade civil tem sido ameaçada por lideranças que desconhecem a conquista de viver um regime democrático. O exercício dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, até o momento conservadas, nos levam à reflexão sobre por quanto tempo ainda permanecerão vivas.

Outrora vivíamos como súditos, sem o privilégio de escolher nossos líderes, à mercê de decisões, nem sempre sábias, muitas vezes privilegiando apenas determinada classe, vindas de uma monarquia. Anos mais tarde, tão trágico quanto imaginamos, vivenciamos uma ditadura que calou violentamente a voz do povo e arrancou do brasileiro a oportunidade de exercer cidadania. Hoje, por meio do voto, podemos respirar com alívio pela chance de decidir quem estará no poder.

Durante o auge da pandemia de Covid-19, os direitos do povo foram notoriamente negligenciados, principalmente quando se trata da camada hipossuficiente. Vale pontuar que a democracia valida os privilégios do público garantidos pela Constituição Federal, a nossa atual guardiã suprema da democracia. Entretanto, houveram lacunas, no momento da crise, que desconsiderou a proteção social e tantas outras necessidades, assistidas comumente pelos Defensores Públicos, inclusive. Há ainda as desigualdades que quando ponderadas de perto, por si só são ameaças à democracia.

Estamos próximos de tomar uma decisão importante para nossa nação. Portanto, que nossa memória reviva as lutas árduas para que viéssemos a nos tornar um Estado democrático e que se alicerça nos direitos humanos. Nada mais oportuno que o Dia Internacional da Democracia para a sustentarmos e a valorizarmos enquanto ainda nos é dada por direito. O desenvolvimento social, crescimento econômico e igualdade de direitos só virão por meio de caminhos democráticos. Os livros históricos sempre nos lembrarão de que não há caminho melhor que a soberania popular. A democracia ainda vive e a honramos.