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Com a Palavra, o Defensor: Eduardo Villaça destaca atuação na 3ª Defensoria do Júri de Fortaleza

Eduardo Villaça

“O Defensor Público deve buscar equilibrar as forças do Estado na defesa dos seus assistidos, em todas as searas de atuação”, afirma o Dr. Eduardo Antônio de Andrade Villaça. Atualmente na 3ª Defensoria do Júri de Fortaleza, sua rotina de trabalho envolve audiências de instrução, sessões de julgamento em plenário de júri e atendimentos aos assistidos que procuram a unidade no Fórum. “O reconhecimento do trabalho de excelência da Defensoria Pública é o grande desafio diário do Defensor Público e da carreira”, comenta.

Adpec – Há quanto tempo o senhor atua na Defensoria Pública?

Eduardo de Andrade Villaça – Iniciei minha atuação na Defensoria Pública desde 5 de setembro de 2006.

Adpec – Como é o seu dia a dia de trabalho?

Eduardo de Andrade Villaça – Atualmente desempenho minhas funções na 3ª Defensoria do Júri de Fortaleza e a rotina de trabalho é desenvolvida com audiências de instrução nos dias de segunda, quarta e sexta e, nos dias de terça e quinta, realizando as sessões de julgamento em plenário de júri. Concomitante a isto, de segunda a sexta são realizados os atendimentos aos assistidos que procuram a unidade no Fórum.

Adpec – Quais as principais demandas do público-alvo?

Eduardo de Andrade Villaça – A principal demanda é a promoção da defesa dos acusados nos processos de acusação de crimes dolosos contra a vida, que se trata, em sua absoluta maioria, o homicídio.

Adpec – Quantos atendimentos jurídicos são realizados, em média, no seu núcleo?

Eduardo de Andrade Villaça – Em média há o atendimento de aproximadamente cinco pessoas por dia. São realizadas, em média, quatro audiências de instrução por dia destinado a estes atos, bem como uma média de dois júris semanais.

Adpec – Qual o papel do Defensor Público dentro do atual sistema de Justiça?

Eduardo de Andrade Villaça – Acredito que uma palavra define a ideia de papel que tem o Defensor Público no atual sistema de Justiça: equilíbrio. O Defensor Público deve buscar equilibrar as forças do Estado na defesa dos seus assistidos, em todas as searas de atuação. Este equilíbrio é mais evidente na área criminal, na qual desempenho minhas atividades atualmente, no qual o aparato do estado acusador já se encontra reconhecido e estruturado.

Adpec – Alguma situação específica de um/a assistido/a lhe tocou ou chamou atenção?

Eduardo de Andrade Villaça – Recentemente realizei um júri no qual um senhor estava sendo acusado de homicídio. Apesar da vítima ser colocada no processo como pessoa sem inimigos e de boa conduta, numa análise aprofundada do processo consegui perceber o envolvimento do mesmo com mais de um envolvimento suspeito e criminoso, fazendo com a suspeita de morte não mais recaísse exclusivamente sobre o assistido o qual, em plenário de júri, foi absolvido.

Adpec – Quais os maiores desafios na carreira de Defensor Público, sobretudo no seu núcleo de atuação?

Eduardo de Andrade Villaça – O reconhecimento do trabalho de excelência da Defensoria Pública é o grande desafio diário do Defensor Público e da carreira.

Adpec – E as maiores conquistas/realizações para o senhor?

Eduardo de Andrade Villaça – A maior conquista da Defensoria Pública é o seu reconhecimento, pela sociedade e pelas autoridades constituídas. Essas conquistas são crescentes e traduzidas em benefícios para os assistidos, para a Instituição e para os membros da carreira. A conquista do reconhecimento da autonomia no âmbito estadual, em passado recente, é um grande exemplo disso, ao mesmo tempo que este mesmo fato demonstra a necessidade de grandes avanços ainda, como seu pleno e integral desempenho.