A partir desta quinta-feira, 30, os Defensores Públicos iniciam uma greve geral. A decisão, tomada em assembleia geral, na última sexta-feira, foi o último recurso da categoria em função do recuo das negociações com representantes do governo do Estado. Até a semana passada, os defensores aguardavam uma reunião entre o governador Cid Gomes e a Defensora Pública Geral do Estado, Andrea Coelho, que não aconteceu.
As solicitações de diálogo com o governo vêm sendo feitas pela categoria há três anos. Os pleitos e uma planilha com os custos que o Estado terá no atendimento das demandas foram entregues pelos defensores a representantes do governo sem que nenhuma contrapartida oficial fosse, até então, apresentada.
Segundo o comando de greve, a decisão da greve foi comunicada na segunda-feira, 27, à Defensoria Pública Geral e a categoria irá manter 30% dos serviços mais essenciais à população em funcionamento.
Nesta quinta-feira, o presidente da Associação dos Defensores Públicos do Estado do Ceará-ADPEC, Adriano Leitinho, receberá a imprensa, na sede da entidade, às 8h30, quando apresentará os motivos da decisão pela greve e como ficará o atendimento, quais serviços permanecerão funcionando, a partir de amanhã.
Os defensores buscam a efetivação da autonomia plena da Defensoria Pública, o preenchimento de todos os cargos vagos de defensores públicos criados por lei, a adequação constitucional de subsídios, a reclassificação dos cargos nos moldes da nova lei de organização judiciária do Estado com data retroativa à reclassificação do Poder Judiciário e a implementação do diferencial de entrância com o respectivo pagamento dos atrasados, nos moldes do art. 37 da LC 06/97.