O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, celebrado em 29 de agosto, é um marco fundamental na luta pelos direitos das mulheres lésbicas no Brasil. Esta data não apenas nos convida a refletir sobre as conquistas alcançadas, mas também a reconhecer as muitas batalhas que ainda precisam ser travadas para garantir a plena cidadania dessa população.
Em um país onde o preconceito e a discriminação ainda é uma realidade, é necessário batalhar para resistir ao ódio e reivindicar espaço em uma sociedade que deve ser inclusiva e respeitosa com todas as suas diversidades.
Ao longo da história brasileira, diversas mulheres lésbicas têm se destacado na luta por direitos e na construção de um legado de resistência e coragem. Nomes como a escritora Cassandra Rios, que desafiou as convenções da Ditadura Militar ao abordar a sexualidade em suas obras, e a ativista e escritora Miriam Martinho, uma das fundadoras do Grupo Ação Lésbica-Feminista (GALF), são exemplos de pioneirismo.
Essas mulheres abriram caminhos para que outras pudessem expressar sua identidade de forma livre e sem medo de represálias. A memória dessas líderes é um testemunho da força e da resiliência da comunidade lésbica, que continua a lutar por visibilidade e direitos.
Nesse contexto, é crucial destacar o papel dos defensores públicos na garantia dos direitos da população LGBTQIA+. A Defensoria Pública tem a missão de assegurar que os direitos fundamentais sejam respeitados, especialmente para as populações mais vulneráveis.
No caso das mulheres lésbicas, os defensores públicos atuam em diversas frentes, como no combate à violência doméstica, na defesa contra a discriminação em espaços públicos e privados, e na garantia de acesso a serviços essenciais, como saúde e educação. É por meio dessa atuação que se promove a igualdade e se combate a invisibilidade ainda presente na sociedade.
Para a presidenta da Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC), Kelviane Barros, “O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica é uma data que nos lembra da importância de mantermos o compromisso com a luta pelos direitos da população LGBTQIA+. Como defensores públicos, temos a responsabilidade de garantir que elas tenham seus direitos respeitados e sua dignidade preservada. A visibilidade é um passo fundamental para a construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva e igualitária, onde todas as pessoas possam ser quem são, sem medo ou preconceito.”