Sem categoria

DIREITOS DA INFÂNCIA – Alunos da Escola Yolanda Queiroz discutem o ECA

Os alunos da Escola Yolanda Queiroz, no bairro Edson Queiroz, em Fortaleza, tiveram um dia diferente ontem. Ao invés de saberes sobre matemática e português, aprenderam um pouco mais a respeito de cidadania e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O local foi o primeiro da Capital a receber as ações da campanha "Crianças e Adolescentes – Primeiro! Defensores Públicos pelos direitos da criança e adolescente".

Integrantes da Associação dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (Adpec), em parceria com a Faculdade de Direito da Universidade de Fortaleza (Unifor), deram uma verdadeira aula de educação jurídica para familiares e alunos. A ideia é mostrar que serviços como educação, saúde, moradia e lazer são algumas das muitas garantias legais que a meninada já conquistou nos artigos do ECA.

"O objetivo é conscientizar a população de que a cidadania começa em casa, junto com a família, sendo esta fundamental para que os direitos e deveres sejam respeitados", afirma o presidente da Adpec, Adriano Leitinho.

Cartilhas

Durante a palestra, centenas de cartilhas, ilustradas pelo cartunista Ziraldo, foram distribuídas para todos os 660 alunos matriculados na Escola Yolanda Queiroz. A proposta da Adpec é visitar as demais escolas da rede pública municipal da Capital, buscando uma maior aproximação entre a comunidade escolar e a Defensoria Pública do Ceará.

De forma descontraída, os defensores públicos fizeram um bate-papo com os pais sobre os direitos básicos dos filhos, informando a necessidade da proteção da infância, sem deixar de ressaltar também os deveres.

A estudante Sara Marcelino da Silva, 9, parecia fascinada com as cores, as formas e o conteúdo da cartilha. Apesar da pouca idade, ela quer conhecer seus direitos para saber se defender quando necessário. "Ouvi bem direitinho o que disseram na palestra. Vou chegar em casa e ler tudo, vou decorar o que diz no texto e estudar com a minha mãe", comenta a garota.

Atenta às informações repassadas durante a palestra, a dona-de-casa Rita Maria da Silva, 54, afirma nunca ter precisado da defensoria, mas já sabe onde encontrar ajuda, assessoria jurídica gratuita, caso precise. "Vou divulgar a cartilha e o que aprendi para mais gente", frisa.

A diretora da escola, Mônica Galeão, ressalta a necessidade de se debater mais o tema em sala de aula na tentativa de formar pessoas com visões críticas. "Valorizamos o diálogo, oferecendo o acesso ampliado à informação. Estamos sempre fazendo estes eventos", diz.

JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE – 29.06.2011

IVNA GIRÃO
REPÓRTER