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Falta de acessibilidade e privacidade são identificados pelo Retratos da Defensoria em Pacajus

A cidade de Pacajus, situada a cerca de 50 km ao sul da capital do estado, recebeu o projeto “Retratos da Defensoria”. Fundada oficialmente em 1933, o nome Pacajus deriva do tupi e a cidade de 70.534 habitantes, segundo o Censo de 2022, desempenhou um papel importante no desenvolvimento econômico do interior cearense, sendo um ponto de conexão com Fortaleza.

Historicamente, a economia de Pacajus foi baseada na agricultura, com destaque para o cultivo de frutas tropicais, especialmente o caju, que tem grande relevância na região. Além disso, a produção de mandioca também contribui para a economia local. Nos últimos anos, Pacajus tem se destacado como um polo industrial, abrigando diversas indústrias de alimentos, bebidas e embalagens, o que impulsionou o crescimento econômico e a criação de empregos.

Ao visitar a Defensoria Pública da cidade, Kelviane Barros, presidenta da Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC), destaca dois problemas principais.

O primeiro é a falta de acessibilidade: o acesso às salas é feito por uma escada, impedindo a circulação de pessoas com mobilidade reduzida ou portadores de cadeiras de rodas. Além disso, ao chegar nas salas o ambiente além de pequeno é compartilhado entre os defensores, impedindo um atendimento com o conforto e privacidade necessários para os assistidos.

Renata Helena, uma das defensoras públicas de Pacajus, reforça sobre a importância da atuação da Defensoria, em especial no interior do Ceará: “Eu enxergo a Defensoria como a segunda casa do assistido. A presença da Defensoria Pública por todos os interiores por onde eu passei é essencial para o desenvolvimento da sociedade, não só de acesso à Justiça, mas de transformação social mesmo. É acolher a pessoa e ajudar nessa transformação enquanto pessoa”.

Entenda mais sobre o projeto Retratos da Defensoria

A ADPEC lançou um novo projeto chamado “Retratos da Defensoria: A imagem por trás dos números”, que prevê buscar melhorias nas comarcas e nos núcleos da Instituição na capital e no interior do estado. A Associação também busca entender quais são as necessidades e os pleitos dos defensores públicos cearenses, fazendo um verdadeiro raio-x das realidades encontradas. Ao todo serão mais de 40 núcleos visitados. O objetivo é ouvir a classe, sanar os problemas encontrados e buscar melhorias para a rotina de trabalho dos defensores públicos.