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Minha História, Nossa Luta com a dra. Francisca Martins Ribeiro

FrancineideUma pessoa intensa em tudo o que faz, com muita energia, espiritualidade e alegria de viver. Assim se define a defensora pública aposentada Francisca Martins Ribeiro, conhecida entre os amigos como Francineide. Aos 18 anos, ela largou emprego na antiga Companhia de Telecomunicação do Estado do Ceará (Citelc), no qual era concursada, para se dedicar à Faculdade de Direito. Trabalhou como vendedora de anúncios em lista telefônica até ingressar no Departamento de Assistência Judiciária aos Necessitados.

Natural de Boa Viagem, cidade do Sertão Central do Ceará, dra. Francineide foi estudar em Aracati, com as freiras Salesianas, onde permaneceu interna por cinco anos. “O lado espiritual me ajuda muito”, afirma. Sua família também morou em Quixadá, onde ela continuou estudando até concluir o 4ª Ginasial. “Fui oradora da minha turma”, relembra com saudade. Chegou a cursar o 1º Ano Normal quando surgiu oi concurso para a Citelc.

“O primeiro caso que eu presenciei, ainda como estagiária, foi de uma mulher, mãe de seis filhos, que necessitava de uma ação de alimentos. O Fórum ficava no centro de Fortaleza, em frente à Catedral, e aquela senhora sequer tinha o dinheiro para pegar um ônibus e voltar para casa. Deu a ela o dinheiro que eu tinha e fiquei com um misto de alegria e tristeza. Foi, então, que eu tive certeza que queria ser advogada de ofício”, comenta.

Para a dra. Francineide, “a Defensoria Pública dá dignidade e respeito às pessoas, porque, sem justiça, não há democracia”. “Minha atuação profissional sempre me envolveu muito. Você é um todo: tem que ter responsabilidade, profissionalismo e compaixão. Não é só o trabalho material, físico. É ver a pessoa como um todo. E assim, sempre levei minha carreira, até me aposentar proporcionalmente para me dedicar a obras sociais”, conta.

Dra. Francineide trabalhou na Vara de Família e na Fazenda Pública. Sobre a profissão, ela diz que é preciso ter amor em tudo o que se faz na vida. “Com amor, você contagia as pessoas. Imagina para nós, defensores públicos, que somos a porta de acesso à Justiça. É na defensoria onde tudo começa, para os mais necessitados. Não podemos deixá-los ir em bora sem esperança”, resume.