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Minha História, Nossa Luta com o dr. José Stélio Dias Magalhães

StélioDiz a passagem bíblica que uma árvore boa é conhecida pelos seus frutos. As escrituras então, se comprovam na prática, no seio da família do dr. José Stélio Dias Magalhães. Apaixonado pela advocacia e ainda atuando na área, ele tem “a grande felicidade” de ver todos os seus quatro filhos (três homens e uma mulher) todos no mesmo caminho, ou seja, operadores da justiça. “A turma toda é danada”, brinca, contando que dois filhos são advogados, um é juiz federal e a filha, juíza estadual.

Desde criança, nosso entrevistado alimentava o sonho de seguir a carreira do Direito. Não cogitava outra formação na vida e, assim, em 1966, concluiu o curso superior na área. No ano, seguinte, em Fortaleza, foi contratado como advogado de ofício. “Não falemos de datas, basta dizer que comecei na época em que era assistência aos necessitados e alcancei a Defensoria Pública nos moldes que hoje conhecemos”.

Com a Defensoria Pública, dr. Stélio diz que a categoria ficou mais valorizada, até mesmo pela abrangência do trabalho do defensor. “Eu atuava como advogado de ofício no Fórum Clovis Beviláqua, quando este ainda funcionava no Centro da cidade, quase em frente à Igreja da Sé”, relembra. Tempos de muito trabalho e pouca remuneração. Era permitido advogar particular pois os vencimentos de advogado de ofício eram insuficientes.

“No meu tempo, só existiam dois cartórios para atender os mais necessitados: o Florêncio e o Danilo. Havia muito trabalho e poucos advogados de ofício”, recorda Dr. Stélio, que diz ter feito boas amizades com os colegas de trabalho, como o dr. Reinaldo, dr Luís Marcílio, dr. Francisco Maia Alencar. “Nunca houve qualquer divergência entre nós, na época de advogado de ofício”. As demandas mais comuns eram ações de despejo, desquite, ação de alimentos e inventários.

Para o dr. Stélio, na advocacia particular, o cliente oferece melhores meios para o advogado no patrocínio da causa. Não apenas meios financeiros, mas pela sua própria condição social e cultural, mecanismos que auxiliem o profissional. “Na Defensoria Pública, é mais difícil para o necessitado fornecer os elementos necessários exigidos pelo defensor”.

Trabalhando ativamente até hoje, advogando nas áreas Cível e Comercial, dr. Stélio Magalhães afirma que quase não tira férias. Casado com a odontóloga Cecília Maria Braga Magalhães, ele reforça que nenhum dos três filhos, nem a filha quiseram seguir a carreira profissional da mãe. Todos se formaram em Direito e abraçam a advocacia ou a magistratura. Avô de três netas e dois netos, ele não esconde a satisfação de dizer que uma das netas cursa Medicina. Será que a terceira geração da família vai ter mais algum advogado, defensor público? “Quem sabe. Por enquanto, nenhum manifestou essa vontade”, diz.