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Retratos da Defensoria constata falhas na estrutura física e de pessoal na comarca de Maranguape

Sendo a 8ª cidade mais populosa do Ceará com cerca de 105.093 habitantes, segundo o Censo de 2022, Maranguape possui um papel importante na história das terras cearenses. Seu nome de origem tupi significa Vale da Batalha, fazendo uma alusão ao lendário cacique da tribo de indígenas que dominava a região. Suas serras atraem muitos turistas, que possuem papel fundamental na economia local.

A Defensoria Pública de Maranguape, no entanto, enfrenta problemas estruturais que não podem ser negligenciados e foram relatados pelos defensores públicos, durante a visita de Kelviane Barros, presidenta da Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC), para o projeto “Retratos da Defensoria”.

Davyd Castro, juiz titular da comarca, comenta que percebe uma sobrecarga de trabalho sobre os defensores públicos atuantes na cidade pela ausência de uma estrutura de pessoal maior. Priscilla Holanda, defensora pública lotada no núcleo, concorda com a fala e acrescenta outra carência do núcleo, a estrutura física: “Tem apenas um tapume de divisória, então acaba que o barulho é prejudicial nos dias em que há sessão de júri. A gente é prejudicado com os atendimentos e da mesma forma a gente acaba interferindo nas sessões”. A conversa, inclusive, precisou ser interrompida por causa do exato problema retratado pela defensora pública.

Em relação a atuação da defensoria em Maranguape, Priscila compartilha que esse trabalho traz diferença para a vida das pessoas, traz conforto e alento para as pessoas que tanto precisam.

Alguns dos assistidos de Maranguape reforçam sobre a necessidade do trabalho dos defensores em sua vida: “Fui muito bem atendida e pra mim a Defensoria Pública é importante por que a gente começa a correr atrás de algo que a gente sabe que pode conseguir.”

Entenda mais sobre o projeto Retratos da Defensoria

A ADPEC lançou um novo projeto chamado “Retratos da Defensoria: A imagem por trás dos números”, que prevê buscar melhorias nas comarcas e nos núcleos da Instituição na capital e no interior do estado. A Associação também busca entender quais são as necessidades e os pleitos dos defensores públicos cearenses, fazendo um verdadeiro raio-x das realidades encontradas. Ao todo serão mais de 40 núcleos visitados. O objetivo é ouvir a classe, sanar os problemas encontrados e buscar melhorias para a rotina de trabalho dos defensores públicos.