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Retratos da Defensoria observa graves falhas estruturais na comarca de Redenção

Com importância significativa na história da escravidão brasileira, Redenção é mais um dos destinos do projeto “Retratos da Defensoria”. A cidade, que atualmente conta com aproximadamente 27.214 habitantes, segundo o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi a primeira cidade brasileira a libertar todos os seus escravos, razão pela qual recebeu este nome.

Devido a sua relevância histórica a nível nacional, a cidade possui diversos pontos turísticos que movimentam a economia local como o Busto da Princesa, o Museu Histórico e Memorial da Liberdade e até mesmo uma Senzala na Fazenda Gurguri. Tanto o município quanto seus patrimônios nos impedem de esquecer como a história brasileira foi desenhada: sob o preconceito e a discriminação.

A Defensoria Pública de Redenção funciona dentro do Fórum da cidade e, assim como grande parte das comarcas visitadas, sua maior precariedade é o espaço físico. “Aqui a gente sente falta de uma sala reservada para as mediações, para os atendimentos acontecerem de uma forma privada, porque existem aqueles atendimentos mais delicados, em que pessoas não se sentem a vontade de falar com outras pessoas na sala”, comenta Thayná Muniz, Colaboradora da Defensoria Pública de Redenção.

Durante a visita, a presidenta da Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC), Kelviane Barros, destaca outros problemas estruturais identificados no local: “O ar condicionado já pegou fogo, então a manutenção é uma preocupação que a gente tem também, para garantir a todos os assistidos da Defensoria e aos defensores públicos e seus colaboradores a segurança adequada no exercício do trabalho.”

Vale ressaltar ainda que os dois Defensores Públicos da cidade estão em atividade cumulativa e não são fixos.

Entenda mais sobre o projeto Retratos da Defensoria

A ADPEC lançou um novo projeto chamado “Retratos da Defensoria: A imagem por trás dos números”, que prevê buscar melhorias nas comarcas e nos núcleos da Instituição na capital e no interior do estado. A Associação também busca entender quais são as necessidades e os pleitos dos defensores públicos cearenses, fazendo um verdadeiro raio-x das realidades encontradas. Ao todo serão mais de 40 núcleos visitados. O objetivo é ouvir a classe, sanar os problemas encontrados e buscar melhorias para a rotina de trabalho dos defensores públicos.