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Um período para jamais se repetir: ditadura militar

A História registra que o golpe militar ocorreu entre os dias 31 de março e 1 de abril de 1964, quando o presidente João Goulart foi forçado a sair às pressas de Brasília. Três dias depois dessa fatídica data, João Goulart foi exilado para o Uruguai e uma junta militar assumiu o poder do Brasil. Foi então que, no dia 15 de abril, o general Castello Branco tomou posse, tornando-se o primeiro de cinco militares a governar o país durante esse período. O golpe durou 21 anos, teve 5 mandatos militares e instituiu 16 atos institucionais que se sobrepunham à Constituição Federal.

Um dos atos institucionais que mais chamou atenção nesse período foi o AI 5 e que mais afetou a vida de todos os brasileiros, já que entre as medidas fechou o Congresso por tempo indeterminado; decretou estado de sítio; cassou mandatos de prefeitos e governadores  e proibiu a realização de reuniões. Um período muito duro e que parecia não ter fim, principalmente para aqueles que eram oposição ao governo. A situação começou a voltar à normalidade no Governo de Figueiredo (1979-1985) que durou 6 anos e colocou fim ao período ditatorial, mas a população só conseguiu ter o poder de voto novamente em 1989.

Apesar de todas as restrições à liberdade de imprensa e de expressão – impostas pela censura – muitos artistas, músicos e cineastas e movimentos políticos contrários à ditadura lutaram muito pelo fim da mesma e manifestavam seu posicionamento contrário ao regime. Um período em que foi entendido o real significado da palavra resistência.

Sem dúvidas, não existem motivos para comemorarmos essa data. A ditadura militar foi um regime que perseguiu, torturou e matou quem se opunha ao poder. Um verdadeiro período de medo e tristeza para quem desejava ter liberdade de expressão e direito ao voto. Mas não devemos esquecer de nada do que foi vivido para não permitir que isso se repita.