O Mês do Orgulho, comemorado em junho, é um período fundamental para abordar temáticas da comunidade LGBTQIA+. No Brasil, um tópico que jamais pode passar em branco é a violência contra essa minoria, uma vez que o país é o que apresenta o maior número de homicídios e suicídios da população LGBTQIA+ no planeta.
Segundo um levantamento feito pelo Grupo Gay Bahia (GGB), a mais antiga Organização Não Governamental (ONG) LGBT da América Latina, em 2023 foram registradas 257 mortes violentas de pessoas LGBTQIA+. Vale ressaltar que esse número pode ser ainda maior, levando em consideração que há um índice de subnotificação e que todo o estudo é feito de forma voluntária por não existirem estatísticas governamentais sobre esses crimes de ódio contra a população LGBT.
Os dados divulgados ainda explicitam que, mesmo que a população homossexual seja estimadamente 20 vezes maior que a de pessoas trans, o risco de uma transexual ser assassinada é 19% mais alto do que gays, lésbicas e bissexuais.
Os números alarmantes da violência contra a população LGBTQIA+ reforçam a importância de se discutir esse tema diariamente, não apenas no Mês do Orgulho. A população deve se sentir livre e segura para ser e amar quem quiser, e os defensores públicos trabalham para garantir os direitos humanos dos afetados pelos crimes de ódio.
Para a população LGBTQIA+ que buscar atendimento da Defensoria Pública, “toda a defensoria deve prestar atendimento às pessoas LGBTQIA+, em qualquer unidade, qualquer pessoa deve ser atendida em suas necessidades. Todavia, demandas específicas são de responsabilidade do núcleo de Direitos Humanos da defensoria”, explica Raul Neves, defensor público e associado ADPEC
Raul Neves, defensor público da ADPEC reforça que “defender os direitos dos gays, lésbicas, trans, intersexo é defender o direito de existir, de ter sua identidade respeitada e de ser visto como um sujeito de direitos”.