O dia 30 de julho marca a data, estipulada pela ONU, do Dia Mundial Contra o Tráfico de Pessoas. Apesar de ser um crime que já existe uma pena de reclusão se quatro a oito anos no Brasil, infelizmente ainda existem inúmeras formas de tráfico e exploração humana no país. Conforme demonstra Riga (2021), ao evidenciar a atuação no combate ao tráfico de pessoas em quatro ações fiscais realizadas somente no período entre 2019 e 2021, quando foram resgatadas 83 pessoas em atividades análogas à escravidão, tais como exploração sexual, oficina de costura, cultivo de cebola e cultivo de alho.
Vale ressaltar que a internet também vem sendo uma arma perigosa, porque através da dark web muitos criminosos recrutam e enganam as pessoas com falsas promessas de emprego, mas, na verdade, possuem o intuito de traficá-las.
Segundo a diretora de comunicação da ADPEC, Aline Miranda, é necessário estar atento as características dos criminosos e denunciar se houver qualquer desconfiança. “Muitos deles se aproveitam da situação de vulnerabilidade derivada de circunstâncias geradas especialmente em função da etnia, do gênero e pela educação precária e extrema pobreza na qual se encontram algumas pessoas, especialmente mulheres. Fazem promessas tentadoras de emprego e melhores condições de vida, mas na realidade querem traficar e colocar essas pessoas em situações de maus-tratos e análogas à escravidão. É preciso um olhar cada vez mais atento de governos, agências reguladoras, empresas e a sociedade civil para apoiar as vítimas e punir os culpados. Essa deve ser uma luta permanente”, explicou.
