Destaques Inicial, Notícias

ADPEC Solidária reforça a importância do apadrinhamento de crianças e adolescentes acolhidos

Você já deve ter escutado falar sobre apadrinhamento, mas você sabe de fato o que é? De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável pelo Sistema Nacional de Adoção (SNA), são cerca de 34.157 crianças e adolescentes acolhidos em 3.259 instituições por todo o País, sem uma família que lhes garanta a mínima proteção e afeto, sem acesso a importantes serviços básicos, como saúde e educação. O apadrinhamento vem justamente no sentido de proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à instituição para fins de convivência, colaborando com o seu desenvolvimento social, físico, educacional.

Existem diversas formas de apadrinhamento que podem ser feitos através do Programa de Apadrinhamento de Crianças e Adolescentes Acolhidos, pensado à época pelos Defensores Públicos em atuação no Núcleo de Atendimento da Infância e da Juventude (Nadij). Neste Dia das Crianças, 12 de Outubro, a ADPEC Solidária vem reforçar quais são esses tipos de apadrinhamento e como você pode auxiliar as crianças acolhidas e se tornar uma dessas redes de apoio para elas:

São 3 (três) os tipos possíveis de apadrinhamento:

– Afetivo; onde o padrinho pode desenvolver um vínculo com a criança ou com o adolescente no convívio familiar em casa ou programando passeios e finais de semana juntos, férias escolares, sempre prezando por uma relação de respeito, amizade e confiança. Não envolve guarda, bem tutela.

– Financeiro; no qual o padrinho contribui financeiramente para atender as necessidades da criança ou adolescente acolhido, desde estudos e atividades extracurriculares; eventual tratamento médico, odontológico ou qualquer outro associado à saúde física e mental. O valor fica a critério do padrinho.

– Prestação de serviços; ações de responsabilidade social nas instituições, que podem ser prestadas por profissionais liberais, bem como entidades públicas ou privadas. Essa colaboração se dá com serviços inerentes uma determinada atividade, para qual se possua comprovada habilitação técnica comprovada.

A Defensora Pública é madrinha dos acolhimentos, Ana Cristina Teixeira, explicou para a ADPEC que o apadrinhamento é um programa que permite o contato com as crianças e adolescentes para que estas sintam que há pessoas que se preocupam com seu bem-estar, que são queridas e amadas. “É uma troca em que os padrinhos oferecem um pouco do seu tempo, do seu afeto e recebem muito amor em troca. É muito gratificante ser madrinha ou padrinho, é um sentimento de realização poder proporcionar o bem a essas crianças e adolescentes tão carentes de afeto e atenção. Depois de quatro anos à frente do NADIJ, eu não conseguiria simplesmente dar as costas a essa realidade que fez e faz parte da minha vida profissional e pessoal. Resolvi amadrinhar todas as unidades e ajudar a promover momentos de lazer em que eu possa estar presente, revê-los, sentindo novamente todo carinho e amor que recebi durante o tempo em que estive no núcleo. É realmente maravilhoso e indescritível o que esses meninos e meninas despertam em nós”, disse.

Como apadrinhar uma criança ou adolescente?

As pessoas que desejarem se tornar padrinhos ou madrinhas podem entrar em contato a Divisão de Procedimentos Administrativos e Judiciais do Juizado da Infância e Juventude: Programa de Apadrinhamento de Crianças e Adolescentes “Estreitando Laços” – apadrinhamento@tjce.jus.br (85) 3278-1062 |(85) 3278-7684. Por meio dese contato será encaminhado uma lista de documentos a serem apresentados. Seguindo-se a análise da respectiva documentação. Para apadrinhamento afetivo e de prestação, será marcada videoconferência para entrevista com psicóloga ou assistente social. Devido às medidas de isolamento, as unidades ainda não estão abertas para as visitas, entretanto, todo o procedimento para participar do programa é realizado e a pessoa fica aguardando a reabertura das mesmas.

Para mais esclarecimentos sobre o processo de apadrinhamento, o Núcleo de Atendimento da Defensoria Pública da Infância e da Juventude (Nadij) também pode ser consultado, através do e-mail: nadij@defensoria.ce.def.br e dos WhatsApp (85) 99220 4953 – das 8h às 14h e do (85) 98895 5716 – das 14h às 16h40min.