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Entenda como a violência de gênero se manifesta e como ela pode atingir as mulheres

Você sabia que a violência pode começar com uma “pequena” discussão dentro de casa? A violência de gênero se define como qualquer tipo de agressão física, psicológica, sexual ou simbólica contra alguém em situação de vulnerabilidade devido a sua identidade de gênero ou orientação sexual. Até mesmo aquela discussão que parece algo normal do dia a dia, pode estar repleta de violência verbal e psicológica. Quando olhamos pela vertente das mulheres, observarmos uma incidência bem maior de casos de violência contra mulheres simplesmente pelo seu gênero.

Muitas vezes, esses atos resultam em crimes como feminicídio, fazendo com que mulheres, independente da idade, classe social, ou raça, tenham suas vidas ceifadas. Trazendo essa realidade para o Estado do Ceará, conforme dados da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública, é possível constatar o registro de 1.921 vítimas enquadradas dentro da Lei Maria da Penha em 2023. Além disso, essa situação pode ser um agravante para o psicológico até mesmo dos filhos que vivenciam agressões às mães vítimas de violência, tendo em vista que a pesquisa recente realizada pela Defensoria Pública do Estado colheu que que 61% das vítimas de violência entrevistadas pelo órgão têm filhos que presenciaram os crimes.

A Defensora Pública Aline Miranda explica que muitas mulheres ainda não conseguem identificar quando estão vivendo uma situação de violência devido à falta de informação. “Observamos muitas meninas e mulheres tendo a percepção que o ato violento só ocorre quando há agressão física, ou sexual. Mas podemos falar também sobre violência psicológica, que é quando as condutas do parceiro e comportamos causam dano e dependência emocional; violência patrimonial, quando o parceiro usa o dinheiro ou bens materiais da mulher para ter controle sobre ela, e até mesmo violência virtual que consiste na perseguição, humilhação, intimidação, agressão ou difamação. O que falta, na minha percepção, é acesso à informação e um apoio cada vez mais incessante dos órgãos responsáveis na Defesa da Mulher”, disse Aline.

De acordo com a presidenta da ADPEC, Kelviane Barros, a instituição tem como intuito estar cada vez mais atenta às pautas de interesse das Defensoras e das mulheres que são assistidas pela Defensoria. “A luta de uma, é a luta de todas. Estamos planejando ações que vão levar mais informações e também mais apoio a todas as mulheres que sofreram qualquer tipo de violência, bem como daremos total suporte às ações que surgirem em defesa das mulheres”, reforçou.

Para aquelas mulheres que sofreram ou acreditam que estão passando por uma situação de violência de gênero, a Defensoria Pública do Estado do Ceará disponibiliza o Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher (Nudem). Abaixo disponibilizamos os contatos.

Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (NUDEM)
Celular: (85) 3108-2986 – 8h às 17h
Celular: (85) 9 8949-9090 – 8h às 17h
Celular: (85) 9 8650-4003 – 8h às 17h
Celular: (85) 99856-6820 – 8h às 17h
E-mail: nudem@defensoria.ce.def.br

Atendimento Psicossocial
Email: psicossocial@defensoria.ce.def.br
Celular: (85) 9 8560-2709 – 8h às 14h
Celular (85) 9 89-48 – 9876 – 11h às 17h