Imagine ter uma vida cercada por dificuldades de inclusão. Inacessibilidade em transportes públicos, instituições de ensino sem profissionais adaptados para o seu aprendizado, dificuldade de inserção no mercado de trabalho e até mesmo em se locomover em diversos locais. Assim é a vida de pessoas com deficiência física no Brasil. Ainda que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) essa população seja de mais de 18,6 milhões de brasileiros, nosso país carece no que diz respeito à inclusão.
Quando falamos em acessibilidade para pessoas com deficiência física, a primeira coisa que nos vem à mente são as rampas de acesso, mas a acessibilidade vai muito além disso. Quantas escolas e universidades públicas dispõem de ensino utilizando a Linguagem Brasileira de Sinais ou mesmo conteúdo adaptado em Braile? A inacessibilidade a um ensino de qualidade dificulta a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho. Calçadas com piso tátil são raras de serem encontradas na maioria das cidades do país e o sistema de transporte público acessível é extremamente precário, com falhas mecânicas nos elevadores e poucos veículos adaptados disponíveis.
As tentativas existentes são falhas e pouco está sendo feito para que uma mudança seja realizada efetivamente. Os defensores devem trabalhar juntos, em paralelo com a população, para a inclusão de pessoas com deficiência física em suas demandas e assegurar que seus direitos básicos não sejam interrompidos pelo déficit advindo da administração pública.