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Artigo de Carolina Gondim foi destaque no jornal O Povo com a temática “Voz e vez à pessoa idosa”

O dia 15 de junho é o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, assim reconhecido pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) em 2011. Especialmente para a década de 2021-2030, foi estabelecida pela ONU, a década do envelhecimento saudável. Mais do que envelhecer com saúde, objetiva-se a partir do esforço global dos governos, da mídia, da academia, da sociedade civil e setor privado, que a sociedade mude a forma como as pessoas pensam, sentem e agem, em relação à idade e ao envelhecimento. Por muitos anos se considerou o idoso como objeto a ser protegido a ponto de se substituir sua vontade sem maiores questionamentos em nome de sua proteção. Hoje o olhar dos direitos humanos impõe que a pessoa idosa seja em primeiro lugar ouvida. Que seja considerada sua vontade, seus interesses, seus desejos. Para o exercício dos direitos, se preciso for, que tenha apoios, e não mais que seja interditada. Que não se questione escolhas e desejos, em sinal de preconceito, só porque se trata de pessoa idosa. Mesmo diante do Alzheimer, é possível que o cuidador respeite essas vontades, esses desejos, pois geralmente conhece bem a pessoa cuidada desde antes da doença.

E para a pessoa idosa no mercado de consumo, a Lei já estabelece que seja esclarecida e informada considerando a sua idade, e que não seja enganada na oferta e na publicidade de empréstimos. Quanto à violência, a pandemia evidenciou o que já se sabia, que o abusador geralmente está dentro da própria casa. Como deve ter sido difícil ser idoso nos 2 últimos anos, medo de sair e adoecer, medo de ficar em casa e também sofrer. Violência esta que não é apenas física, mas também psicológica, sexual, financeira. Sem mencionar o abandono e a negligência. É dia de lembrar então da importância de denunciar e que nós possamos aprender e propagar que uma boa maneira de proteger também é garantir que essas pessoas possam manter laços sociais com amigos, vizinhos, colegas e familiares, para que o grito de socorro seja ouvido e a violência combatida.