A ADPEC esteve reunida nesta segunda-feira, 8 de fevereiro, com o deputado Nelson Martins e demais deputados para discutir a mensagem 7175, de autoria do Poder Executivo, que visa alterar a lei estadual da Defensoria Pública para assegurar o envio por parte da Instituição ao Governo de uma lista tríplice para escolha do Defensor Público Geral. A Associação reiterou para os deputados a necessidade de alteração total-e não apenas parcial – da lei estadual da Defensoria, com o cumprimento de toda a nova lei orgânica nacional, bem como a necessidade urgente de readequação do órgão à nova realidade do Sistema de Justiça cearense.
A lei complementar 132/09 foi sancionada pelo presidente Lula em outubro de 2009, tendo como objetivo aperfeiçoar as defensorias públicas de todo o Brasil, definindo suas funções, regulamentando sua autonomia e estruturando a instituição de forma a assegurar uma maior democratização e uma maior efetividade na prestação do serviço. Aplicada em todo o Brasil, a lei federal está em vigor desde dezembro de 2009 e revogou todos os dispositivos em contrário nas legislações estaduais brasileiras.
O deputado Nelson Martins ressaltou que o projeto de lei 7175 visava única e exclusivamente assegurar ao governador o direito do recebimento de uma lista tríplice para o cargo de Defensor Público Geral. Martins se comprometeu a solicitar que o governador receba a categoria para discutir os pleitos dos defensores públicos. "Já que o Poder Executivo deseja alterar a lei complementar estadual da Defensoria, que o faça por completo, respeitando todos os dispositivos constantes na nova lei orgânica nacional da Instituição, adequando integralmente a lei estadual e alterando todos os dispositivos estaduais necessários a essa adequação", ressalta a presidente da ADPEC, Mariana Albuquerque.
Além disso, a categoria se surpreende que o Poder Executivo não tenha enviado ainda à Assembléia o projeto de lei da Defensoria que trata da readequação da carreira ao novo modelo do Sistema Justiça cearense. Tal projeto já foi aprovado desde o ano passado na AL, mas precisa ser reapresentado pelo Poder Executivo para que possa ser efetivado. De acordo com os defensores públicos, a aprovação do projeto deve ser feita com urgência, pois desde julho do ano passado o Poder Judiciário e o Ministério Público fizeram uma readequação nas suas carreiras e a Defensoria Pública do Ceará ainda não acompanhou esta mudança. “Primeiro foi o Poder Judiciário, bem logo em seguida, o Ministério Público acompanhou a mudança e a Defensoria Pública não. Estamos trabalhando em um Sistema com uma estrutura organizacional que nem existe mais para as demais carreiras jurídicas. Essa distorção precisa ser corrigida o quanto antes, pelo equilíbrio do Sistema de Justiça”, ressalta.
Por fim, a ADPEC ressalta que em face da nova lei orgânica nacional, a atual Defensora Pública, Francilene Gomes, foi reconduzida automaticamente no cargo de Defensora Pública Geral desde dezembro do ano passado, conforme parágrafo 4, artigo 99, da nova lei.
Defensores Públicos lutam pela reestruturação
08
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