Dando continuidade a série de homenagens às Defensoras e aos Defensores que fizeram parte da história da instituição e se aposentaram recentemente, hoje vamos conhecer mais sobre a história da Defensora Maria Angélica Cardoso Mendes Bezerra, que ingressou na DPCE em 1979 ao fazer parte da gerência da Defensoria da Capital e do interior do estado, bem como foi subdefensora por 3 mandatos, seguindo como Presidenta da Comissão de Conciliação da Corregedoria por dois anos, além de membro do Conselho Superior da Defensoria Pública por 8 anos.
Sua última atuação, antes de se aposentar, foi como Defensora Pública de 2º Grau da 1ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. Além disso, a Defensora recebeu diversas menções honrosas ao longo da carreira, dentre elas o troféu “Forças Vivas da Procuradoria-Geral da Justiça” em 2011 e posteriormente a medalha de Advogado Padrão pela OAB/CE em 2012.
[ADPEC] Qual é a sua história com a Defensoria? Há quanto tempo você esteve como Defensora Pública?
[DEFENSORA MARIA ANGÉLICA] A minha história com a Defensoria Pública iniciou durante o período de 1970/1972, quando fui estagiária da então denominada Assistência Judiciária aos Necessitados da Secretaria de Justiça do Estado do Ceará, cuja experiência vivenciada naquele momento fez nascer em mim um grande desejo de exercer tão nobre profissão.
Assim, quando surgiu o primeiro concurso de Defensor Público do Estado do Ceará, logo realizei minha inscrição, fui aprovada e tomei posse em 1979, permanecendo até o último dia 25 de setembro, quando, então, requeri a minha aposentadoria.
Durante toda essa longa jornada sempre busquei exercer minhas funções com retidão, amor e com mesmo entusiasmo do início da carreira. Ao fim, foram 42 anos de vocação, deixando o cargo apenas em razão da compulsoriedade, aos 75 anos de idade.
De todas as funções que exerci na carreira, a melhor e mais gratificante sempre foi o atendimento inicial, que é o primeiro contato com o futuro assistido e sua história, e a partir daí poder peticionar e ajudar na garantia dos seus direitos. Sentirei enorme falta.
[ADPEC] Na sua opinião, qual a importância da Defensoria para a sociedade?
[MARIA ANGÉLICA] ADefensoria é de suma importância para a sociedade, uma vez que ela promove o equilíbrio das desigualdades sociais, garantindo o acesso democrático à justiça pelos hipossuficientes e pessoas em situação de vulnerabilidade.
É, para a maioria da nossa população, o único instrumento de acesso à justiça, daí se podendo afirmar: “SEM DEFENSORIA NÃO HÁ CIDADANIA”.
[ADPEC] Qual foi o seu sentimento ao receber o convite para essa homenagem da ADPEC?
[MARIA ANGÉLICA] Senti-me imensamente feliz, prestigiada e honrada com tamanho carinho e reconhecimento. É uma valorosa e delicada iniciativa da Presidência e Diretoria em homenagear aqueles que estão se aposentando.
[ADPEC] Qual a importância da ADPEC para os Defensores?
[MARIA ANGÉLICA] A ADPEC é importantíssima para os Defensores, pois ela representa os interesses de todos os integrantes da carreira, de maneira impessoal, unindo a categoria na luta pela implementação avanços e de seus direitos, além de ser o elo que une os aposentados aos defensores em atividade.