Compromisso diário com a justiça
No calendário, o dia 8 de dezembro é dedicado à justiça, um conceito que transcende a marcação de datas e se insere profundamente na nossa sociedade. Como defensora pública, testemunho diariamente o desafio de equilibrar a balança da justiça, e é neste contexto que reflito sobre a relevância deste dia. Ao longo dos anos, vi o sistema jurídico enfrentar inúmeras transformações. No entanto, a celebração anual do Dia da Justiça serve como um lembrete crucial de que a busca pela equidade e pela proteção dos direitos fundamentais deve ser constante, não limitada a um único dia do ano.
A justiça não é uma utopia inatingível, mas sim um ideal que deve guiar nossas ações cotidianas. Ela não reside apenas nos tribunais, mas permeia os corredores das escolas, das empresas e das comunidades. É uma chama que deve ser alimentada por todos nós, cidadãos, e não apenas por aqueles que têm o dever legal de defendê-la. Este dia é um convite para examinarmos nossas atitudes, questionarmos as desigualdades e trabalharmos coletivamente na construção de um ambiente mais justo e inclusivo.
É essencial reconhecer que a justiça vai além da aplicação de penas. Ela engloba a prevenção, a educação e a promoção de uma cultura de respeito aos direitos humanos. Portanto, o Dia da Justiça deveria ser um ponto de partida para debates significativos sobre políticas públicas, reformas no sistema penitenciário e aprimoramento do acesso à justiça para todos.
Ao invés de limitar nossa reflexão para um dia específico, devemos integrá-la em nossas vidas diárias. Cada ação, cada decisão, por menor que seja, pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa. O compromisso com a justiça deve ser constante, refletindo-se em nossas interações sociais, na educação de nossos filhos e nas políticas que defendemos diariamente. Devemos encarar cada dia como uma oportunidade de contribuir para um sistema mais justo. Que esta data seja um catalisador de mudanças significativas, nos inspirando a agir em prol de uma sociedade onde a justiça não seja um ideal distante, mas uma realidade tangível.
