“Se eu pudesse começar tudo de novo, eu seria defensor público. Quem sabe, um Defensor Público Padrão”. A frase resume o sentimento do Dr. Juvenal Lamartine Azevedo Lima em relação à carreira profissional que escolheu trilhar na Defensoria Pública. Iniciou como estagiário da então Assistência Judiciária aos Necessitados e outro concurso não fez ele, senão para o cargo de Advogado de Ofício.
Nascido em 1950, Dr. Juvenal Lamartine ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC) em 1969, tendo concluído o curso em 1975. Logo após a graduação, exerceu a advocacia cível e criminal diuturnamente para, em 1981, prestar concurso para o cargo de Advogado de Ofício. “À época, eu já chamava a Assistência Judiciária de Defensoria Pública, como era conhecida a Instituição em outros estados”, afirma.
Como Advogado de Ofício, atuou na 1ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza, ainda que por pouco tempo. “Fui colocado à disposição da Comarca de Trairi, também por um curto período, após o qual regressei para Fortaleza e passei a atuar na 4ª Vara do Júri, onde trabalhei 18 anos até requerer minha aposentadoria”, conta. Aposentou-se com 30 anos de serviço público e 50 de idade, “com o coração partido, o que me foi imposto pelo Sistema – Reforma Previdenciária” – ressalta.
Dr. Juvenal Lamartine acrescenta que tem o Dr. Raimundo Brandão como um mentor. “Fui levado pelas mãos seguras e bondosas do Dr Raimundo Brandão, desde à época de estudante, para atuação no Júri Popular. Sempre me achei um advogado vocacionado para o Tribunal do Júri, que foi meu grande sonho de realização profissional”, comenta.
Advogado atuante, Dr. Juvenal Lamartine sempre teve participação na Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Ceará (OAB-CE). “Fui Conselheiro da OAB por mais de quatro mantados e integrante de diversas Comissões, com destaque para a Comissão de Seleção e Prerrogativas”.
Na advocacia particular, ele conta ter alcançado “relativo sucesso”. “Não de natureza econômico-financeira, mas conquistei respeito profissional pelo excelente relacionamento com os meus clientes, colegas advogados, defensores públicos e por todos que integram o Poder Judiciário de forma direta ou indireta”, afirma.
Recebeu da OAB/CE a Medalha de Advogado Padrão. “Tenho essa medalha, acima de tudo, como estímulo para meus filhos, dentre eles, três advogados, e para meus netos, quem sabe, com a consciência de não merecê-la, pois nunca fui padrão de coisa nenhuma”, arrematou. Os filhos, aliás (Ana Luzia, Ana Teresa, Carlos Eloy, Ana Carolina, João Eudes e o caçula Bruno La Fayette), são o maior orgulho do Dr. Juvenal Lamartine, que é casado com Érica Magarote.
Atualmente, Dr. Juvenal Lamartine, embora continue advogando, tem se dedicado à leitura, “principalmente da Literatura Conterrânea”, fazendo às vezes de “Fazendeiro”, sua vocação natural. “Gostaria de destacar, e tenho repetido isso para quem quer que seja, principalmente para os meus filhos e os novos advogados que chegam até a mim, que a minha realização profissional plena se deu como Defensor Público”, finaliza.