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Entrevista com a defensora Andréa Coelho eleita presidenta para o Biênio 2021/2022

Confira a Entrevista na íntegra

Andréa Coelho escolheu fazer da luta por direitos da sociedade a sua própria luta. É bacharel em Direito e defensora pública desde 1993. Atualmente é defensora pública de 2º grau de jurisdição, atuando na 1ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Ceará TJ-CE. Já em 1997, foi secretária da Associação dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC). No ano seguinte, assumiu a ADPEC como presidente. Andréa se destacou na defesa dos direitos das defensoras e dos defensores, o que a levou para atuar nacionalmente. Em 1999, foi 2ª vice-presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP). Foi membro da Comissão de Licitação da Defensoria Pública-Geral do Estado do Ceará entre 1999 e 2001 e chefe de gabinete da Defensoria Pública-Geral do Estado do Ceará em 2003 e 2004. Em 2009 e 2011, foi 1ª Secretaria da ADPEC. Ainda em 2011, foi a conselheira eleita mais votada para o Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado do Ceará, onde permaneceu até 2015. O reconhecimento da categoria veio nas eleições que disputou como Defensora Pública Geral do Estado, tendo sido a mais votada nos dois mandados. Nacionalmente, foi secretária e presidente do Colégio Nacional dos Defensores Públicos (CONDEGE), em 2014 e representante do CONDEGE junto a Asociación Interamericana de Defensorias Públicas (AIDEF).

01. Dra. Andrea Coelho, em seu histórico temos sua passagem pela ADPEC em 1997/1998, o que a inspira em retornar a Associação?

Hoje temos um cenário bem diferente de 1997/1998, uma Defensoria Pública autônoma, fortalecida, mas que ainda tem demandas fundamentais dos seus associados a serem conquistadas.
Nosso ente classista, historicamente, foi protagonista nas conquistas da Defensoria. Tivemos anos difíceis, especialmente o último, com grandes perdas. Então fui levada por um sentimento de resgatar nossa história de luta, fui chamada a contribuir nesse período, em prol da unidade da categoria. Passados 23 anos, desde quando tomei posse pela primeira vez como presidente da ADPEC, posso dizer que meu ânimo é o mesmo, rejuvenescido em encontrar uma categoria vibrante e com tantos novos valores dispostos a também contribuir para os desafios desses novos tempos.

02. Após uma eleição que houve a disputa entre duas chapas, como a Sra. enxerga a possibilidade de uma gestão para um bem comum da carreira?

Houve uma eleição diferente da anterior, em razão de haver duas chapas concorrentes. A disputa momentânea nos trouxe visões distintas e crescimento, possibilitando ver com mais clareza os interesses dos associados.
A maior parte das demandas dos Defensores Públicos e Defensoras Públicas que compõem a ADPEC é comum, e não antagônico. Pautar nossa gestão na oitiva qualificada dos associados, na transparência e na aproximação da Diretoria aos anseios e ao dia a dia dos colegas nos dará a união e integridade que a carreira precisa, e esse é nosso principal objetivo.

03. O que a Sra. acredita que hoje seja a principal bandeira de luta hoje da ADPEC para as defensoras e defensores?

As principais bandeiras de luta são aquelas que a classe demonstra que o são. Não podemos fugir do planejamento estratégico e da fala dos associados nas Assembleias.
Hoje, sabemos que existem demandas que há tempos constam como prioridade para os Defensores e Defensoras, como a implementação efetiva da isonomia dentro das carreiras do sistema de Justiça, da busca pela justa remuneração pelo trabalho extraordinário e, mais atualmente, pela expansão do plantão remunerado para as demais comarcas do interior ainda não contempladas. O constante aumento de demanda também exige que avancemos quanto ao pleito por melhores condições de trabalho. Por fim, temos como meta criar um ambiente interno mais agregador, que assegure ao associado maior bem estar.

04. Qual a mensagem que a Sra. pode deixar para esse fim de ano, com um 2020 com tantos desafios, e o que espera para 2021?

Sei que este ano não foi fácil para nossas famílias, que tivemos perdas, incertezas e momentos de angústia. Mas a passagem do ano novo marca o fim desse ciclo, é preciso ter esperança, aproveitarmos os momentos bons da vida ao lado dos nossos e fortalecer os laços de amizade. Aprendemos a dar valor ao que é essencial.
Que tenhamos, portanto, leveza o quanto possível, para nos mantermos fortalecidos frente aos grandes desafios.
Que 2021 seja um ano de muitas graças e de recomeço!

 

 

 

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