A 350 quilômetros de Fortaleza, no sul da Chapada da Ibiapaba, a cidade de Crateús possui, segundo o Censo Demográfico 2022, 76.390 habitantes. A população crateuense recorre à Defensoria Pública de Crateús, localizada na Rua Dr. Antônio Catunda, 559, quando necessita de auxílio jurídico e social.
A cidade que já foi um dos maiores produtores de biocombustíveis da região Nordeste e do país recebeu a visita do projeto “Retratos da Defensoria: A imagem por trás dos números”, uma iniciativa da Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC).
A Defensoria Pública da cidade, apesar de contar com um espaço grande para triagem da população, possui um prédio bastante precário. Paredes com buracos e pedaços faltando, símbolos da instituição desbotados e banheiros mal cuidados são alguns dos pontos que puderam ser observados durante a visita.
Crateús conta atualmente com quatro defensores, mas além de um ser auxiliar de apoio remoto, todos os outros estão em atividade cumulativa. O defensor público do Juizado Especial Cível e Criminal, Régis Coe Girão, explica que a defensoria local conta com falhas administrativas: “Acredito que ainda temos uma carência muito grande em termos de quantitativo humano, tanto de defensores, e isso vem melhorando ao longo dos anos, mas principalmente em relação a um quadro administrativo.”
O Dr. Régis Coe Girão ainda acrescenta que a Defensoria Pública é uma instituição de alta confiança da população e por isso seu papel na cidade é fundamental: “O que a gente percebe é que, à medida em que a Defensoria vem atuando e vem crescendo, vem gerando na população um sentimento de confiança. É lógico que nós temos nossos problemas, temos ainda situações a melhorar. Nós temos deficiências, mas o acolhimento que é feito à população pela Defensoria é algo que, relatado pelos próprios assistidos, não ocorre em nenhum outro órgão público, nem um outro setor público dentro da Justiça.”