Surgindo em torno de uma pequena capela católica, a cidade de Tianguá, batizada em nome do rio que cruza o sul do município, é abrigo de diversas belezas naturais como trilhas para passeio e quedas d’água que movimentam o turismo local. Abrigando 81.656 habitantes ao longo do território, a cidade é a 12º mais populosa do Ceará, demandando do poder público uma atenção especial.

A presidenta da Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC), Kelviane Barros deu continuidade ao projeto “Retratos da Defensoria: A imagem por trás dos números”, visitando a comarca da Defensoria Pública de Tianguá para ouvir as demandas dos colegas que atuam no núcleo. A cidade conta atualmente com quatro defensores para atender a população local e de Frecheirinha, que possui uma comarca vinculada.

Durante a visita da presidenta da ADPEC ao núcleo, que fica na Rua Poeta Lauro Menezes, 660, o defensor público de Tianguá, Dr. Oderman Medeiros Barbosa, comentou sobre a diferença de poder da Defensoria Pública no sistema judiciário: “Tivemos muita evolução, mas ainda estamos distantes dos outros atores do sistema de justiça. Então a gente precisa se aproximar mais, para poder garantir realmente uma equiparação de forças. Ainda não temos essa igualdade em um processo criminal, por exemplo.”  

O Dr. Oderman Medeiros ainda reforça que é necessária uma fixação maior de defensores em comarcas médias e pequenas ao longo do estado: “Essa interiorização é importante. As pessoas às vezes vem sem a refeição do dia, tentando se socorrer de uma pensão alimentícia. São pessoas que precisam, são pessoas muito fragilizadas, tem que ter essa sensibilidade e esse caráter humanitário de entender que essas pessoas precisam disso.”

Mauro Hugo Campos, um dos assistidos da Defensoria Pública de Tianguá, faz um apelo para que “autoridades realmente levem isso à sério, tentem melhorar nesse sentido de dar mais amparo jurídico a esse pessoal mais necessitado”, conclui.