Uma das maiores cidades do interior do Ceará, Sobral conta com aproximadamente 203.023 habitantes e é o 5º município mais populoso do estado. A cidade é a segunda mais bem desenvolvida do estado, ficando atrás apenas de Fortaleza e é considerada uma Capital Regional. Sobral possui museus, belezas naturais e o famoso Arco de Nossa Senhora de Fátima que movimentam o turismo local e são essenciais para a economia da cidade. 

O projeto “Retratos da Defensoria: A imagem por trás dos números”, uma iniciativa da Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC) liderado pela presidenta da entidade, Kelviane Barros, visitou a Defensoria Pública de Sobral. A comarca em questão é uma das maiores do estado, com um ambiente amplo, prédio com boas instalações, brinquedoteca para crianças e mais de 10 defensores públicos à disposição da população local e de Forquilha, que é uma comarca vinculada.

Ainda que o núcleo esteja com saldos positivos, os defensores públicos de Sobral reconhecem que o interior do Ceará ainda sofre com déficit de pessoas disponíveis para prestar o auxílio à população. O Dr. Rafael Piaia, defensor público de Sobral, relata que “nas unidades cumulativas a gente não tem estrutura. A gente chega lá com um computador, muitas vezes uma internet lenta. Não tem nem internet própria, internet vinculada ao Tribunal de Justiça, sem material de expediente e, principalmente, sem força de trabalho. O defensor, sozinho, ele não é nada.”

Benedito Jucelio, assistido da Defensoria Pública de Sobral, compartilha sobre o papel dos defensores em sua vida: “É muito importante. Você não sabe a importância que tem o trabalho desses Defensores Públicos aqui em Sobral. Muito, é que são pessoas carentes mesmo que não tem outra não, é isso.”

Dr. Igor Barreto, defensor público da cidade, conta que o trabalho de defesa deve ser realizado de forma humanizada, transparente e em parceria com a população: “A Defensoria tem que reportar isso para a realidade jurisdicional que ninguém vê. Então, eu queria mesmo ver essa Defensoria aberta e com gente formada para olhar no olho, segurar na mão e ir até o fim. E se tiver que no meio da batalha tombar, tombar. A gente tem que ser essa Defensoria, que tá do lado do irmão, que faz ele olhar para a frente com um poderoso de igual para igual, porque ela sabe que tem respaldo.”