Considerada uma das cidades mais importantes da Região Centro-Sul do Ceará, Iguatu conta com um polo econômico muito valorizado, abrangendo os setores moveleiro, de calçados e de serviços que são pilares econômicos do município. A população da cidade é estimada em 98.064, sendo a 9ª mais populosa do estado, mas a Defensoria Pública da cidade conta com uma demanda bem maior.

Seguindo a rota do projeto “Retratos da Defensoria: A imagem por trás dos números”, a presidenta da Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC), Kelviane Barros, e o diretor parlamentar, Luís Fernando de Castro da Paz visitaram o núcleo da Defensoria Pública de Iguatu.

Localizada na Rua Dr. João Pessoa, nº 1, a principal queixa da única defensora pública fixa de Iguatu, Dra. Adriana Abreu, é a demanda da cidade que exige mais representantes da comarca. Por ser vinculada a Quixelô e Pires Ferreira, a defensora pública Adriana Abreu explica que “a Defensoria de Iguatu atende uma população de 125 a 126 mil habitantes e hoje eu tô sozinha aqui. A única designada fixa aqui, os outros colegas estão em atividade cumulativa. São colegas excelentes porém a acumulativa é um pouco imprevisível. Então, às vezes a gente tem um colega de fato aqui, às vezes não tem.”

A defensora pública Adriana Abreu ainda acrescenta que todas as unidades jurisdicionais de Iguatu precisam ter um defensor fixo: “Uma cidade como Iguatu não pode ter só um defensor fixo aqui. A gente precisa, de fato, de defensores em todas as unidades jurisdicionais daqui da cidade, que hoje são seis: duas varas cíveis, duas varas criminais, um juizado especial e um Núcleo de Custódia.”

Apesar das melhorias necessárias, a estrutura física da Defensoria Pública de Iguatu é digna de destaque, com uma recepção climatizada, ambiente para crianças na sessão de triagem, bebedouro, banheiros e móveis conservados.

A presidenta da ADPEC, Kelviane Barros, entende a necessidade de melhora que a defensora de Iguatu expressa durante a visita à comarca: “É de suma importância que a demanda de uma cidade tão grande como Iguatu não dependa exclusivamente de uma defensora. O núcleo precisa urgentemente convocar mais defensores fixos para que um estado de equidade judicial seja estabelecido na população local.”